Projeto Detetive Urbano leva educação sobre urbanismo e patrimônio para crianças
Categorias: Artigos | Projeto
Tags:

Onde:

Quem faz:

Ano:

O Projeto Detetive Urbano, desenvolvido em Santa Catarina, na Região Sul do país, pelas arquitetas e urbanistas Jaqueline Andrade e Mariana Nunes Elias, visa levar educação urbana e patrimonial para crianças por meio de atividades investigativas da história urbana e arquitetônica da cidade de Florianópolis. As atividades são organizadas por meio de inscrição individual de cada criança, que pode ser feita pelo link disponível no instagram da iniciativa (@detetiveurbano).

Como uma forma lúdica e pedagógica, o Detetive Urbano trabalha com o reconhecimento do conceito de herança, a partir de suas próprias histórias, gerando a sensação de pertencimento nos pequenos e trabalhando desde cedo o conceito de direito à cidade, partindo, primeiramente, da compreensão do patrimônio individual para, em seguida, compreender o patrimônio coletivo.

Em um roteiro bem pensado, a proposta é despertar o olhar das crianças para o bem patrimonial e de seu entorno. O projeto aborda as apropriações ocorridas no centro histórico e suas mudanças ao longo dos anos, seguido de caminhada pela Freguesia de Santo Antônio, iniciando na Praça Getúlio Vargas, apresentando o processo de urbanização e construção do bairro, e  finalizando na carioca na Rua Prof. Osni Barbato.

Ao longo de todo o percurso, as crianças são incentivadas a lerem a cidade a partir de suas edificações, construindo histórias por meio de memórias do próprio território e dos personagens que são apresentados a elas pelas mediadoras. Para auxiliar nesse processo de leitura da cidade, são apresentadas imagens históricas daquela localidade que está sendo visitada.

Quando retornam ao ponto de partida da jornada de descobertas e aprendizado, os pequenos têm um espaço de conversa para compartilhar seus pensamentos e sensações com o grupo. Essa atividade de fechamento foi pensada para servir como introdução da importância da preservação cultural dessas memórias, levando à reflexão de como a memória pode ser “guardada” em nossas mentes.

Por último, encerrando o percurso, as crianças são encaminhadas a uma atividade de registro dos pontos mais relevantes do roteiro. Os materiais desenvolvidos durante a oficina podem ser levados para casa e este é, também, o momento de entrega de certificados de participação, ajudando, assim, a criar uma memória positiva e afetuosa com a cidade onde vivem.

Ao todo, já foram cinco turmas realizadas, sendo duas com crianças e seus pais e três turmas com alunos de escolas particulares. Variando em uma faixa etária de cinco a dez anos, já foram 134 crianças que passaram pelo projeto que, a cada novo participante, trabalha para formar mais um adulto consciente e participativo na comunidade.


Fotos: Maircon Barrozo