O Mosaico na Quebrada chega para consolidar espaços, propõe uma agenda permanente para chamar temas necessários, relevantes e emergentes para a comunidade. Uma janela para iniciar diálogos sobre os problemas da periferia, simultaneamente com as ações artísticas e de requalificação urbana.
O Mosaico na Quebrada é um projeto de artes visuais e graffiti, inserido no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz da cidade de Caxias do Sul/RS. Todas as ações propostas reverberam também em projetos educativos e sociais, com a realização das oficinas de desenho e pintura, e ações de melhoria do espaço urbano, do cotidiano da comunidade e da possibilidade de geração de emprego e renda. O projeto se divide em: (1) ESCADAS da QUEBRADA: pintura e mosaicos em escadaria e becos internos do bairrO; (2) MUROS da QUEBRADA: graffitis nos muros e casas, com apoio da comunidade; (3) CASAS da QUEBRADA: pequenas melhorias estruturais e pinturas em paredes de casas selecionadas pela comunidade.
O projeto acontece na favela Euzébio Beltrão de Queiroz, uma comunidade com perfil socioeconômico baixo, fruto da invisibilidade social. Os beneficiários são de diversas etnias, gêneros e faixas etárias, sendo definido como qualquer morador com interesse em participar do projeto.
Desenvolvido por: Rapper e educador social Chiquinho Divilas – idealizador do projeto. Arquiteta Jéssica De Carli – Presidente do Instituto SAMbA. Vielas Espaço Cultural representando os profissionais da comunidade. Arquitetas e estudantes Florencia Menegolla, Danieli Matos, Giulia Luza e Raiza Halmenschlager.
O projeto Mosaico na Quebrada foi idealizado pelo Instituto SAMbA e o rapper e educador social Chiquinho Divilas no ano de 2021. Foram realizadas reuniões e conversas com os moradores para que os projetos propostos pudessem abranger os objetivos da comunidade. A partir daí, os primeiros estudos foram elaborados pelas equipes de arquitetos integrados aos projetos. Os projetos são viabilizados por meio de Leis de Incentivo à Cultura. As intervenções urbanas e artísticas realizadas através da pintura e graffiti acontecem em dias de mutirão comunitário, onde os artistas selecionados fazem seu trabalho com apoio da comunidade e organizadores. Paralelo a estas ações, ocorreram os “ateliers abertos”, onde são oferecidas oficinas de pintura e desenho para moradores da comunidade. São distribuídas cartilhas e fanzines informativas sobre os projetos.
Os mutirões na comunidade são realizados periodicamente, com um intervalo médio de 3 meses. As ações já executadas aconteceram nos meses de dezembro de 2021, fevereiro de 2022 e junho de 2022, sendo o próximo mutirão marcado para dezembro de 2022.
Texto: Jéssica de Carli
Edição: ArqPop
Fonte: Instituto Samba
Fotos: Acervo Instituto Samba
Mais informações: Instagram @institutosamba